Gestão da Algodoeira

A gestão da algodoeira é uma parte essencial da cadeia produtiva do algodão, abrangendo as operações de recebimento, beneficiamento, armazenamento e expedição da pluma e dos subprodutos (caroço, fibras curtas, entre outros). Uma gestão eficiente garante a qualidade do produto final, otimiza os recursos e reduz desperdícios, aumentando a rentabilidade.

  • Recebimento do Algodão em Caroço
    • Atividades:
      • Registro do peso bruto e líquido do carregamento (controle da balança).
      • Identificação da origem (talhão, produtor).
      • Inspeção visual para verificar a qualidade inicial.
  • Beneficiamento
    • Objetivo:
      • Separar a pluma do caroço e das fibras curtas.
    • Etapas:
      • Pré-limpeza: remoção de impurezas (folhas, terra, galhos).
      • Descaroçamento: extração das plumas e separação do caroço.
      • Limpeza final: garantir a qualidade da pluma antes do enfardamento.
      • Indicadores: Rendimento do beneficiamento (% de pluma por volume recebido).
      • Índice de impurezas removidas.
      • Eficiência energética e tempo de operação.
  • Classificação
    • Atividades:
      • Análise da qualidade da pluma (cor, resistência, comprimento das fibras).
      • Classificação em lotes conforme padrões de mercado e contratos.
  • Armazenamento
    • Objetivo:
      • Preservar a qualidade do algodão beneficiado e dos subprodutos.
    • Cuidados:
      • Controle de umidade e temperatura nos armazéns.
      • Separação por lotes e rastreabilidade.
  • Expedição
    • Atividades:
      • Emissão de documentos fiscais e certificados de qualidade.
      • Logística de transporte até o cliente ou exportação.

Registro de Fardões

O registro de fardões de algodão em capulho é uma etapa crucial no controle da produção de algodão antes do beneficiamento. Trata-se do monitoramento e registro dos fardões formados diretamente no campo ou em armazéns temporários, garantindo organização, rastreabilidade e eficiência no transporte e armazenamento do produto.

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  • Controle de Produção no Campo: Monitorar a quantidade e qualidade do algodão colhido antes do beneficiamento.
  • Rastreabilidade do Produto: Registrar a origem do algodão (talhão, fazenda) e acompanhar o ciclo produtivo.
  • Planejamento de Logística: Organizar a movimentação para algodoeiras ou armazéns.
  • Gestão de Estoque Temporário: Garantir que os fardões estejam devidamente alocados e identificados.
  • Identificação do Fardo:
    • Número único (etiqueta ou QR code).
  • Origem do Algodão:
    • Talhão ou fazenda de onde foi colhido.
    • Safra correspondente.
  • Peso do Fardo:
    • Peso bruto (kg).
  • Qualidade do Algodão em Capulho:
    • Grau de limpeza.
    • Percentual estimado de pluma, caroço e impurezas.
  • Data e Hora de Registro:
    • Momento em que o fardo foi prensado ou identificado.
  • Localização:
    • Posição no armazém temporário ou no campo.
  • Status:
    • Pronto para transporte, em análise ou aguardando beneficiamento.

Beneficiamento de Algodão - Fardo

O beneficiamento de algodão em capulho é o processo que transforma o algodão colhido no campo em pluma de alta qualidade, separando fibras, caroços e impurezas. Essa etapa é essencial para agregar valor ao produto final e atender aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado nacional e internacional.

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  • Recepção do Algodão em Capulho
    • O algodão chega das áreas de colheita em fardões ou a granel.
    • Os lotes são identificados e registrados com informações de origem, talhão e safra.
  • Limpeza Inicial
    • O algodão passa por máquinas de pré-limpeza para remover impurezas maiores, como galhos, folhas e cascas.
  • Alimentação da Algodoeira
    • O algodão é alimentado em máquinas de beneficiamento (algodoeiras), onde acontece a separação da pluma e do caroço.
  • Separação da Pluma e do Caroço
    • A pluma é retirada, enquanto os caroços seguem para armazenamento ou venda como subproduto.
  • Limpeza Final da Pluma
    • Máquinas adicionais removem impurezas menores para garantir uma pluma de alta qualidade.
  • Classificação da Pluma
    • As fibras são avaliadas quanto à cor, comprimento, resistência, e presença de impurezas, determinando a classificação de qualidade.
  • Embalagem
    • A pluma é prensada em fardões, etiquetada e registrada para rastreabilidade.
  • Armazenamento e Expedição
    • Os fardões são armazenados em locais adequados e preparados para transporte aos clientes.

Classificação Visual e HVI do Algodão

A classificação do algodão em pluma é essencial para determinar sua qualidade e adequação aos diferentes mercados e indústrias têxteis. Existem dois métodos principais de classificação: visual/manual e HVI (High Volume Instrument). Cada método possui características específicas que se complementam, garantindo precisão e confiabilidade na avaliação da pluma.

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  • Classificação
    • Garantir Qualidade do Produto: Determinar as características da pluma para atender às exigências dos clientes.
    • Estabelecer Valor Comercial: Classificar a pluma em padrões reconhecidos para precificação justa.
    • Rastreabilidade: Registrar os lotes com informações detalhadas sobre sua qualidade.
    • Atender Normas e Certificações: Cumprir requisitos de mercado, contratos e regulamentações nacionais/internacionais.

Classificação Visual

  • Cor:
    • A tonalidade e brilho da pluma são analisados.
    • Classificações típicas incluem branco, creme e manchado.
  • Pureza:
    • Verificação da presença de impurezas, como cascas, folhas e sementes.
  • Comprimento das Fibras:
    • Avaliação manual para estimar o comprimento médio das fibras.
  • Uniformidade:
    • Consistência da pluma ao longo do lote.
  • Resistência:
    • Sentido por meio de um toque firme e cuidadoso.

Parâmetros de HVI

  • Comprimento da Fibra:
    • Mede o comprimento médio da fibra em milímetros.
  • Resistência (Tenacidade):
    • Determina a força necessária para romper a fibra, medida em gf/tex.
  • Uniformidade:
    • Avalia a variação no comprimento das fibras dentro de um lote.
  • Micronaire:
    • Mede a finura e maturidade da fibra.
  • Cor:
    • Determinada por índices de brilho (Rd) e tonalidade (b+).
  • Trash Content (Teor de Impurezas):
    • Identifica a quantidade de partículas não fibrosas presentes.
  • Elasticidade:
    • Mede a capacidade de alongamento da fibra antes de romper.

Lote/Bloco de Algodão em Pluma

A formação de lote ou bloco de algodão em pluma é um processo estratégico para consolidar o produto em grupos homogêneos com características similares. Isso facilita a comercialização, armazenamento e transporte, além de atender às exigências de qualidade e rastreabilidade do mercado.

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  • Recepção do Algodão em Pluma
    • Registro de todos os fardões recebidos, com identificação de origem e características básicas.
  • Classificação e Agrupamento
    • Os fardões são classificados com base nos parâmetros de qualidade, como:
      • Comprimento das fibras
      • Resistência (gf/tex)
      • Micronaire
      • Cor (Rd e b+)
      • Teor de impurezas (Trash)
      • Fardões com características semelhantes são agrupados.
  • Formação do Lote ou Bloco
    • Um lote pode ser formado por uma quantidade específica de fardões, normalmente definida por:
      • Peso Total: Exemplo: 20 toneladas por lote.
      • Quantidade de Fardões: Exemplo: 40 fardões de 200 kg cada.
      • Classificação Uniforme: Todos os fardões do lote devem atender aos mesmos parâmetros.
  • Identificação e Registro
    • Cada lote recebe um número único de identificação (ID do Lote).
    • Registro detalhado dos fardões que compõem o lote, incluindo:
      • Origem
      • Características de qualidade
      • Data de formação
  • Armazenamento
    • Os lotes são armazenados de forma organizada e acessível para expedição ou processamento futuro.
  • Expedição
    • Cada lote é preparado para transporte conforme as especificações do cliente.

Romaneio de Análise e Takup

O romaneio de análise e takup é um documento essencial no controle e gestão do algodão em pluma. Ele registra informações detalhadas sobre as análises realizadas nos fardões e o percentual de perda ou ganho durante o beneficiamento (takup). Este controle é vital para a rastreabilidade, precificação e logística, além de atender às exigências contratuais.

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  • Identificação do Documento
    • Número do romaneio
    • Data de emissão
    • Nome da algodoeira
    • Responsável pela emissão
  • Informações do Lote/Fardão
    • ID do lote ou número do fardão
      Origem (talhão, fazenda ou fornecedor)
    • Peso bruto do fardão
  • Resultados da Análise de Qualidade
    • Parâmetros avaliados (manual ou HVI):
      • Comprimento da fibra
      • Resistência
      • Micronaire
        Cor (Rd/b+)
      • Teor de impurezas (Trash %)
      • Classificação final (Tipo A, B, C, etc.)
  • Cálculo de Takup (Perda ou Ganho)
    • Peso bruto (antes do beneficiamento)
    • Peso líquido (após o beneficiamento)
    • Percentual de takup
    • Justificativa para variações anormais, se aplicável.
  • Observações
    • Comentários sobre o desempenho do lote ou anomalias identificadas.
  • Assinaturas
    • Assinatura do responsável técnico
    • Assinatura do representante do cliente (quando necessário)

Subprodutos Algodão

O algodão é uma das culturas mais versáteis da agricultura, gerando não apenas a fibra utilizada na indústria têxtil, mas também diversos subprodutos com grande valor econômico. Esses subprodutos são aproveitados em diferentes setores, como alimentação animal, indústria química, biocombustíveis e fertilizantes.

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  • Semente de Algodão
    • Descrição: Após a extração da fibra, a semente é o subproduto mais abundante do algodão.
    • Aplicações:
      • Óleo de Algodão: Utilizado para consumo humano e como base para produtos industriais.
      • Farelo de Algodão: Rico em proteínas, utilizado na formulação de rações para gado, aves e suínos.
      • Semente Inteira: Empregada como suplemento alimentar para ruminantes.
    • Aproveitamento: Cerca de 60% do peso do algodão em caroço é composto por sementes.
  • Caroço de Algodão
    • Descrição: Parte da semente que permanece após a extração do óleo.
      • Aplicações:
        Produção de ração animal, especialmente para bovinos de corte e leite.
      • Uso como matéria-prima para a extração de óleo residual.
  • Linters (Fibra Curta)
    • Descrição: Fibra curta que não é removida durante o processo de beneficiamento primário.
    • Aplicações:
      • Produção de celulose para papel, produtos químicos e explosivos.
      • Matéria-prima para plásticos, filmes fotográficos e produtos médicos, como curativos.
  • Casca
    • Descrição: Envoltório externo da semente.
    • Aplicações:
      • Produção de ração animal, especialmente para complementar fibras na dieta.
      • Substrato para compostagem e fertilizantes orgânicos.
  • Outros Resíduos
    • Descrição: Resíduo do processo de beneficiamento, composto por fibras curtas e impurezas.

Consultas/Relatórios

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  • Análise de Fardinhos
  • Classificar
  • Emblocamento
  • Emblocar
  • Exportar Dados da Algodoeira
  • Históricos de Safra Algodoeira
  • Localização de Lotes de Algodão
  • Ranking de Colheita de Algodão
  • Registro de Fardões
  • Relação de Lotes/Bloco
  • Remessa/Retorno Algodão
  • Rendimento Algodoeira
  • Romaneio Análise/Take-Up
  • Sub-Produtos
  • Integração ABAPA